A RCP é o procedimento utilizado para reverter quadros de parada cardiorrespiratória. Consiste em um conjunto de manobras que visam manter a circulação sanguínea até que o funcionamento do coração se normalize.
Uma vez iniciada, só pode ser interrompida em 3 momentos: para que o desfibrilador faça sua análise, quando o atendimento médico especializado chegar ou o paciente retomar a consciência.
De acordo com a American Heart Association (AHA), responsável pelas diretrizes desse procedimento, a indicação atual da reanimação cardiopulmonar é:
Para leigos:
- 100 a 120 compressões por minuto;
- 2 polegadas (5 cm) de profundidade, pelo menos.
Se necessário, revezar as pessoas nas compressões para não interromper por mais de 10 segundos.
Para socorristas treinados:
- 30 compressões por 2 respirações;
- 100 a 120 compressões por minuto;
- 2 polegadas (5 cm) de profundidade, pelo menos.
Veja abaixo as instruções para realizar a RCP corretamente:
- coloque a pessoa deitada com barriga para cima em uma superfície firme;
- ajoelhe-se ao seu lado, de frente para o seu tronco e localize o centro do tórax, especificamente a linha entre os mamilos;
- você deve estender seus braços, sobrepor as mãos e entrelaçar os dedos;
- coloque-as sobre o ponto localizado anteriormente e, usando seus joelhos como apoio, inicie as compressões, jogando o peso do seu corpo sobre o tórax da vítima.
- mantenha os braços retos durante todo o procedimento e comprima constantemente o peito da vítima, dando total atenção ao ritmo, profundidade e velocidade.
Nesse último ponto, você pode se guiar pelo ritmo da música “Stayin’ Alive, dos Bee Gees. A comunidade médica reconhece que a canção fornece a batida ideal para realizar as compressões no peito para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Tente cantar a música, ou repassá-la mentalmente, para adequar cada pressão ao ritmo das batidas da música.
Para uma RCP precisa e que gere resultados, é fundamental que o tórax da pessoa em PCR volte à posição normal ao final de cada compressão.
Caso haja por perto quem possa auxiliar no socorro, é indicada a troca do socorrista a cada dois minutos, evitando cansaço e o comprometimento do atendimento.
Existe alguma forma de saber se as compressões estão sendo realizadas corretamente?
Sim, com o uso do Dispositivo de Feedback de RCP que pode vir junto com o DEA. Clique aqui e e confira nosso material exclusivo sobre essa tecnologia.
Utilize o desfibrilador
O DEA é um equipamento criado para ajudar a reverter quadros de PCRs. Assim que esse estiver no local, inicie seu uso ligando-o e conectando os eletrodos no peito da vítima.
Ao disparar choques controlados no peito da vítima, o aparelho é capaz de reiniciar os batimentos cardíacos para que o coração volte a bater de maneira normal.
De tão importante, ele se tornou obrigatório em locais com grande circulação de pessoas, como aeroportos, rodoviárias, ferroviária, shows, jogos etc. No entanto, nada impede — sendo até aconselhável — ter um DEA em academias, condomínios, empresas e escolas, por exemplo.
De fácil manuseio e contando com orientação visual e de voz, o Desfibrilador Externo Automático foi projetado para ser utilizado justamente por pessoas que não são da área de saúde, visto que seu diagnóstico e análise é feito de forma automática e que o equipamento envia instruções para o operador.
Mas é sempre bom lembrar que o atendimento é ainda mais completo e eficaz quando o operador possui noções de primeiros socorros ou treinamento em Suporte Básico de Vida (BLS).
Basicamente, sua utilização consiste em posicionar os eletrodos no peito da vítima, conectá-los ao DEA e aguardar a leitura cardíaca. O equipamento indicará a necessidade, ou não, de choque.
Quando esse processo é indicado, basta acionar o botão para que o choque seja disparado, lembrando de se afastar neste momento. A RCP deve ser retomada após esse primeiro ciclo, seguindo o beep emitido pelo aparelho.
Além do beep que orienta o ritmo correto, o DEA pode ainda ter o dispositivo de Feedback de RCP que avalia e orienta também sobre a qualidade da RCP, avaliando a velocidade e profundidade das compressões.
Após dois minutos o DEA fará uma nova leitura da condição da vítima e indicará a se há necessidade de novo choque, ou somente da continuidade da reanimação. Por isso, siga sempre todas as instruções emitidas pelo equipamento.
Para saber o funcionamento completo do DEA e ter uma orientação ainda mais detalhada sobre como proceder em casos de parada cardiorrespiratória, baixe agora o nosso Guia de Reanimação Cardiopulmonar e ajude a salvar vidas!